Chegou a hora de falarmos sobre o seguro de riscos cibernéticos. A internet virou parte do coração de qualquer negócio.
Sistemas de vendas, bancos de dados, cadastros de clientes e plataformas de pagamento: tudo depende de estar online e funcionando.
Só que, junto com essa conexão constante, vem um risco cada vez mais real: os ataques cibernéticos.
Se antes a maior preocupação das empresas era o arrombamento físico, hoje o maior medo está no digital. Um simples clique em um e-mail malicioso pode paralisar toda a operação.
Um vazamento de dados pode custar milhões e, pior, manchar a reputação construída ao longo dos anos. É nesse cenário que o seguro de riscos cibernéticos ganha relevância.
O termo pode soar técnico à primeira vista, mas o conceito é simples: proteger a empresa contra danos e prejuízos causados por incidentes digitais. Esse tipo de seguro não é mais exclusivo de grandes corporações.
Pequenas e médias empresas também estão na mira dos cibercriminosos, e muitas vezes são as mais vulneráveis.
Hoje, um ataque de ransomware pode criptografar todo o banco de dados de uma empresa em minutos.
Sem um bom plano de ação e sem suporte financeiro para lidar com o caso, a operação pode ficar semanas parada ou até encerrar as atividades.
Além do prejuízo imediato, há custos legais, multas, notificações a clientes, perda de contratos e ações judiciais.
É aqui que entra o seguro de riscos cibernéticos, que funciona como um escudo financeiro e operacional. Quando a empresa sofre um ataque, o seguro cobre os custos relacionados à contenção, reparo, notificação e até indenizações.
Dependendo da apólice, pode incluir suporte técnico emergencial, contratação de especialistas em resposta a incidentes e apoio jurídico.
Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em vigor, a pressão por mais segurança digital só aumenta. Qualquer vazamento de dados pessoais exige comunicação aos clientes, pagamento de multas e medidas corretivas. O seguro ajuda a arcar com essas despesas e a manter a empresa em conformidade.
Cada negócio tem necessidades diferentes: uma fintech não enfrenta os mesmos riscos que uma rede de varejo ou um escritório de advocacia.Por isso, a escolha do seguro deve ir além do preço. É essencial avaliar o que realmente está coberto, os limites de indenização, franquias, serviços de resposta e o suporte técnico oferecido.
Com a transformação digital acelerada, os ciberataques ficaram mais sofisticados, e o seguro acompanha essa evolução, tornando-se peça-chave na gestão de riscos corporativos..
No artigo, vamos detalhar como funciona o seguro de riscos cibernéticos, o que costuma estar incluso nas coberturas, os benefícios reais para o negócio, dicas para escolher a apólice certa e as tendências para os próximos anos.
Se você acredita que está protegido apenas com antivírus ou firewall, vale a pena seguir essa leitura. O seguro de riscos cibernéticos pode ser o que separa sua empresa de um grande prejuízo e de uma crise difícil de contornar.
O que é o seguro de riscos cibernéticos e como ele funciona?
O seguro de riscos cibernéticos foi criado para proteger empresas de todos os portes contra ameaças digitais.
Não importa o tamanho ou o setor: qualquer negócio que lide com dados, utilize sistemas online ou mantenha contato com clientes pela internet já está exposto.
Na prática, o seguro de riscos cibernéticos funciona como uma rede de proteção financeira e técnica.
Quando acontece um ataque, a seguradora ajuda a empresa a lidar com os danos, cobrir despesas e, em alguns casos, oferece suporte emergencial para conter a crise.
Quais riscos digitais são cobertos?
Os ataques cibernéticos podem ocorrer de várias formas. Entre os mais comuns estão:
Interrupção de negócios e lucros cessantes: cobertura para prejuízos causados pela paralisação das atividades, incluindo lucros cessantes e despesas fixas até a restauração total.
Custos de perícia e avaliação: cobertura para análise e restauração de sistemas afetados.
Reparação de danos: cobre prejuízos relacionados a vazamentos de informações confidenciais, como cartões de crédito e senhas.
Custos de notificação: cobre despesas com comunicação a clientes e órgãos reguladores.
Extorsão cibernética (ransomware): inclui pagamento de resgates para restabelecimento de acesso.
Multas e investigações regulatórias: cobertura para penalidades impostas por órgãos governamentais, em casos de descumprimento da LGPD.
Danos à reputação: cobre despesas com ações de comunicação e marketing para mitigar impactos à imagem da empresa.
Responsabilidades cibernéticas: cobre perdas por violação de segurança, phishing e quebra de propriedade intelectual.
Assistência jurídica: suporte legal para tratar sinistros e demandas decorrentes dos ataques.
Como funciona na prática?
Quando ocorre um ataque, o primeiro passo é comunicar a seguradora — normalmente há um canal emergencial 24 horas.
Em seguida, a seguradora aciona uma equipe técnica para avaliar os danos, identificar a origem do incidente e iniciar as medidas de contenção.
Com a apólice, a empresa pode receber cobertura para:
- Custos de recuperação de dados.
- Pagamento de multas ou indenizações por vazamento.
- Notificações obrigatórias a clientes.
- Contratação de profissionais especializados em cibersegurança.
- Gastos para restabelecer a operação.
Além da cobertura financeira, muitas seguradoras também oferecem suporte jurídico, orientação na comunicação com a imprensa e assistência em ações regulatórias, garantindo mais segurança e tranquilidade em momentos críticos.
Serve para qualquer porte de empresa?
Sim. Pequenas, médias ou grandes empresas podem contratar. As necessidades mudam conforme o volume de dados, a complexidade da operação e o grau de exposição digital.
O seguro substitui medidas de segurança digital?
Não. O seguro de riscos cibernéticos é um complemento. Ele não substitui antivírus, firewalls, backups e boas práticas de proteção.
Inclusive, muitas seguradoras exigem que a empresa já possua um nível mínimo de proteção antes de liberar a apólice.
O seguro atua como última linha de defesa, reduzindo o impacto quando algo dá errado.
Principais coberturas de um seguro de riscos cibernéticos
Entender as coberturas é o primeiro passo para escolher um seguro de riscos cibernéticos que de fato proteja seu negócio. Não adianta contratar algo genérico se os principais riscos da operação ficarem de fora. As coberturas variam de uma seguradora para outra, mas algumas são essenciais em apólices para empresas.
Ataques de ransomware (extorsão cibernética)
Casos de sequestro de dados e sistemas estão cada vez mais comuns. Nesse tipo de ataque, criminosos bloqueiam o acesso às informações e exigem um valor de resgate para liberá-las.
O seguro oferece cobertura para os custos de resgate necessários ao restabelecimento do acesso.
Vazamento de dados
Quando dados de clientes ou informações internas são expostos, as consequências vão muito além do aspecto financeiro.
A empresa pode ser obrigada a arcar com multas, indenizações e custos de notificação.
O seguro ajuda a cobrir essas despesas e a cumprir as exigências legais, incluindo as previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Danos à reputação
Cobertura para despesas com comunicação, relações públicas e ações de marketing voltadas a mitigar os danos à imagem da empresa após um ataque cibernético.
Interrupção de rede e lucros cessantes
Quando um ataque cibernético paralisa as operações, os prejuízos vão muito além da área de TI.
Vendas são interrompidas, contratos ficam suspensos e as despesas fixas continuam se acumulando.
O seguro com cobertura para interrupção de rede ajuda a compensar essas perdas, garantindo ressarcimento pelos lucros cessantes e pelas despesas fixas até que os sistemas sejam totalmente restaurados.
Responsabilidade civil digital
Se um cliente ou parceiro for afetado por um incidente de segurança em sua empresa, ele pode acionar a Justiça.
A cobertura de responsabilidade civil digital garante o reembolso de custos de defesa, indenizações e acordos legais decorrentes de falhas de segurança ou vazamento de dados.
Serviços de resposta a incidentes
Além das indenizações, muitos seguros incluem suporte técnico especializado para conter e investigar ataques cibernéticos.
Entre os serviços oferecidos, estão:
- Consultoria em cibersegurança
- Recuperação de sistemas e dados
- Comunicação de crise
- Apoio jurídico e regulatório
Essa cobertura pode ser decisiva para reduzir o tempo de inatividade e minimizar os danos à reputação da empresa.
Como escolher o seguro de riscos cibernéticos ideal para o seu negócio
Contratar um seguro de riscos cibernéticos vai muito além de simplesmente assinar um contrato.
É uma decisão estratégica, que deve ser planejada de acordo com a realidade e o nível de exposição digital da empresa.
Escolher a apólice certa pode fazer toda a diferença no momento em que um incidente acontecer.
Avalie o valor de cobertura
Antes de tudo, é importante entender qual seria o impacto financeiro de um possível ataque cibernético.
Quanto custaria uma paralisação? Quais seriam as despesas com multas, recuperação de dados e suporte técnico?
O valor de cobertura precisa estar alinhado à realidade da operação. Economizar nesse ponto pode significar ficar descoberto quando o problema acontecer.
Fique de olho nas franquias
Assim como em outros tipos de seguro, o seguro de riscos cibernéticos também possui franquia.
É o valor que a empresa precisa arcar antes que a cobertura entre em vigor.
Verificar esse ponto com atenção ajuda a evitar surpresas na hora de acionar o seguro.
Analise o suporte técnico e jurídico
Mais do que indenizar financeiramente, os seguros de riscos cibernéticos devem oferecer suporte real em momentos de crise.
Verifique se a apólice inclui apoio técnico especializado para conter o ataque, identificar a origem e restabelecer os sistemas o quanto antes.
Da mesma forma, avalie se há assistência jurídica para lidar com questões legais, notificações obrigatórias e eventuais processos — especialmente diante das exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Um bom suporte técnico e jurídico pode ser o fator decisivo entre uma rápida recuperação e um prejuízo prolongado.
Verifique as coberturas adicionais
Nem todas as apólices cobrem todos os tipos de risco.
Algumas incluem apenas vazamento de dados, enquanto outras vão além e contemplam interrupção de rede, fraudes digitais e responsabilidade civil.
Avaliar cuidadosamente as coberturas ajuda a garantir uma proteção completa e adequada à realidade do seu negócio.
Considere a reputação da seguradora
Segurança digital é um tema sensível. Por isso, escolher uma seguradora com experiência, solidez e boa reputação no mercado faz toda a diferença.
Converse com outros clientes, busque avaliações de atendimento e entenda como funciona o suporte em situações reais de sinistro.
Olhe para o futuro
A empresa pretende crescer, abrir novas filiais ou investir mais em tecnologia?
O seguro de riscos cibernéticos precisa acompanhar esse movimento.
Optar por uma apólice flexível, que permita ajustes e ampliação das coberturas ao longo do tempo, ajuda a evitar lacunas de proteção e garante que o negócio continue seguro em cada fase da expansão.
Tendências do mercado de seguro de riscos cibernéticos para 2025
O cenário digital evolui rapidamente. O que hoje parece seguro pode se tornar vulnerável amanhã.
Por isso, as seguradoras estão se adaptando para acompanhar a constante transformação das ameaças cibernéticas.
Entender essas tendências ajuda as empresas a escolherem seguros de riscos cibernéticos preparados para os desafios do futuro.
Aumento dos ataques sofisticados
Os cibercriminosos estão cada vez mais estratégicos. Ataques que antes se concentravam em grandes corporações agora também atingem pequenas e médias empresas.
Phishing, engenharia social e ransomware continuam entre as principais ameaças.
Diante desse cenário, os seguros de riscos cibernéticos tendem a ampliar suas coberturas e oferecer soluções mais específicas para novos tipos de ataque.
Seguros integrados com plataformas de segurança
Algumas seguradoras já oferecem integração entre o seguro de riscos cibernéticos e plataformas de monitoramento de segurança digital.
No entanto, essa prática ainda é restrita a grandes empresas e apólices de alto valor, voltadas para riscos mais complexos.
A tendência é que, nos próximos anos, essa integração se torne mais acessível também para médias empresas, permitindo uma gestão preventiva e mais eficiente das ameaças cibernéticas.
Coberturas para riscos indiretos
Os seguros de riscos cibernéticos começam a incluir proteções que vão além do ataque direto.
Entre elas estão danos à reputação, custos com marketing para recuperação da imagem e apoio psicológico para equipes afetadas.
A proposta é cuidar do negócio como um todo, abrangendo não apenas o reparo técnico, mas também os impactos humanos e de imagem decorrentes de um incidente cibernético.
Resposta a incidentes cada vez mais rápida
As seguradoras estão investindo em equipes especializadas de resposta a incidentes, capazes de agir com agilidade em situações críticas.
Essa estrutura reduz o tempo de contenção do ataque e acelera a retomada das operações.
Para as empresas, isso significa menor perda financeira, menos impacto operacional e maior confiança na gestão de crises cibernéticas.
Maior foco em conformidade e regulação
Com a LGPD no Brasil e legislações semelhantes em outros países, os seguros de riscos cibernéticos passaram a incluir um apoio mais robusto em questões legais e regulatórias.
Essas coberturas abrangem notificação de clientes e autoridades, pagamento de multas e orientação jurídica especializada para garantir que a empresa atue em conformidade e reduza os impactos de sanções legais.
FAQ – Seguro de riscos cibernéticos
O seguro de riscos cibernéticos cobre todas as empresas?
Sim. O seguro de riscos cibernéticos podem ser contratados por empresas de qualquer porte ou segmento.
O que muda são as coberturas, os limites de indenização e o nível de proteção de acordo com as necessidades específicas de cada negócio.
O que é um seguro cibernético?
É um seguro projetado para proteger empresas e indivíduos contra os prejuízos decorrentes de ameaças digitais, ataques de hackers e crimes cibernéticos.
Ele cobre danos financeiros e custos relacionados à violação de dados, perda de informações sensíveis, interrupção de sistemas e outras consequências de incidentes virtuais.
Esse tipo de seguro tem se tornado cada vez mais essencial à medida que empresas e pessoas dependem mais da tecnologia e enfrentam riscos crescentes no ambiente digital.
O que é teste de vulnerabilidade?
O teste de vulnerabilidade é uma análise não intrusiva da presença digital da empresa na internet.
Ele simula métodos utilizados por cibercriminosos para identificar falhas e vulnerabilidades nos sistemas.
O objetivo é informar o segurado sobre os pontos de fragilidade encontrados, permitindo que a empresa adote medidas preventivas para reduzir o risco de ataques cibernéticos.
O que acontece se eu não tiver medidas básicas de segurança?
Muitas seguradoras exigem que a empresa mantenha práticas mínimas de segurança digital, como antivírus atualizado, backups regulares e controle de acesso.
Caso essas medidas não existam, a apólice pode ser negada ou ter sua cobertura limitada.
O seguro de riscos cibernéticos não substitui as boas práticas de proteção — ele complementa a estratégia de segurança digital da empresa.
Preciso pagar franquia em caso de sinistro?
Sim. Assim como em outros tipos de seguro, existe uma franquia que deve ser paga pela empresa antes que a cobertura entre em vigor.
O valor da franquia varia conforme o contrato e o tipo de cobertura contratada.
O seguro cobre multas da LGPD?
Depende da apólice.
Alguns seguros de riscos cibernéticos incluem cobertura para multas e despesas legais relacionadas a vazamentos de dados ou falhas de proteção.
Por isso, é importante verificar essa cláusula no contrato antes da contratação para garantir que a cobertura esteja alinhada às necessidades da empresa.
O seguro cobre perdas de faturamento?
Sim, mas apenas se a cobertura para interrupção de rede estiver inclusa na apólice.
Nesses casos, a empresa pode receber uma compensação financeira pelos dias ou horas em que as operações ficaram paralisadas em razão do incidente cibernético.
É possível atualizar a cobertura depois da contratação?
Sim. Muitas seguradoras permitem ajustes na apólice conforme a empresa cresce, adota novas tecnologias ou altera o seu perfil digital.
Por isso, é importante revisar o contrato periodicamente para garantir que as coberturas continuem adequadas à realidade e às necessidades do negócio.
Conclusão: proteger o negócio no mundo digital é prioridade
A transformação digital trouxe muitas vantagens, mas também abriu portas para riscos que antes nem existiam.
O seguro de riscos cibernéticos ajuda empresas de todos os tamanhos a enfrentar esses desafios sem comprometer a saúde financeira nem a confiança dos clientes.
Com uma apólice bem escolhida, é possível mitigar prejuízos, proteger a reputação e manter a conformidade com a LGPD.
Além disso, o seguro oferece suporte técnico e jurídico, ajuda em casos de interrupção e prepara o negócio para voltar a funcionar o quanto antes.
Se a ideia é crescer e inovar, cuidar da segurança digital é essencial.
A Contaget está pronta para ajudar sua empresa a avaliar opções e encontrar o seguro Cyber Security que realmente protege a sua operação.
